O SAL NA ALIMENTAÇÃO DIÁRIA DOS ANIMAIS

O cloreto de sódio ou sal comum é imprescindível a vida dos animais, pois os seus elementos, o cloreto de sódio, desempenham papel importante no metabolismo animal. Geralmente é o único mineral que os pequenos criadores dão ao gado e isto é muito importante pois a quantidade de cloreto  de sódio encontrada nas forragens é quase sempre insuficiente para as necessidades fisiológicas do animal

Há certos locais como, por exemplo, a beira do mar, nos quais as plantas apresentam um teor de cloreto de sódio mais elevado, o que dispensa a administração direta desse mineral. Quando os alimentos contém sal suficiente é, também, desnecessária a sua administração. Isso acontece, normalmente, em criadores de bovinos, suínos, eqüinos, etc., que sejam criados em regime de confinamento ou semi-confinamento, nas quais os animais recebem ração balanceada, diariamente.

A acidez do suco gástrico é devida ao cloro que forma o ácido clorídrico. Nem todos os animais necessitam da mesma quantidade de sal. Os herbívoros são os que necessitam dele em maior quantidade, porque as forragens por eles ingeridos contém potássio em maior proporção e este se une ao cloro e há formação de sais sódicos, que são eliminados pela urina. Portanto, o potássio faz com que o sódio seja eliminado do organismo, o que obriga a este receber o sódio em maior proporção.

    É uma crença popular que, quando o animal está lambendo cinzas, não precisa de sal. Isto não é correto, pois a cinza contém grande quantidade de potássio e, por este motivo, como já foi mencionado, maior é a necessidade de sal; quanto mais cinza o animal ingerir, maior a quantidade de sal que deverá ser fornecida pelo criador, pois o sódio vai sendo eliminado e o animal vai se enfraquecendo cada vez mais, causando prejuízos em maior ou menor proporção.

Como já foi mencionado, o sal desempenha um papel importante na digestão, pois proporciona o cloro necessário a formação do ácido clorídrico. A digestão efetua-se diariamente e por isso o animal necessita de sal diariamente. Desta forma, é errado fornecer sal aos animais apenas em situações especiais ou esporadicamente.

Não é economia deixar-se de dar o sal diariamente pois, quando este é fornecido regularmente, o animal só consome o necessário e, portanto, o sal é sempre aproveitado na quantidade exata, sem desperdícios. Se a administração for feita muito espaçadamente, o animal comerá o sal em grande quantidade, sentirá sede, beberá água, voltará a lamber o sal e assim este se estragará, pois o animal eliminará em grande parte pela urina e, ainda, sofrerá efeitos purgativos e distúrbios intestinais, que farão com que outra parte do sal seja eliminada.

A maneira de fornecermos sal ao gado é muito conhecida: pode ser dado em blocos ou moído, separadamente ou em mistura com outros alimentos. Quando o rebanho não recebe sal, começa logo a sentir a sua falta e começa a dar mostras evidentes disso: lambe tudo o que encontra (cercas, muros, paredes,etc.), procura roer ossos, caso encontre algum. Os animais lambem-se uns aos outros para aproveitar o sal eliminado através do suor,o que muitas vezes ocasiona distúrbios pois ao lamber outros animais, engolem pêlos que no estômago formam verdadeiras "bolas" denominadas egagrópilos, que podem até ocasionar a morte do animal por obstrução. Os animais que recebem o sal de maneira regular e suficiente, apresentam-se mais sadios com uma pelagem e menos sujeitos a parasitas.