Brucelose

A Brucelose é uma doença infecto-contagiosa, crônica primária dos bovinos, caprinos e suínos; secundárias em outros animais e no homem sendo, portanto, classificada como uma zoonose. A causa desta doença, que pode trazer grandes prejuízos aos criadores, é a bactéria Brucella.

Os rebanhos bovinos, bubalinos, ovinos, suínos e ovinos são os mais afetados por esta doença que, como já mencionamos, pode causar grandes prejuízos aos criadores. Esses prejuízos ocorrem devido à redução da produção leiteira, aumento na taxa de abortos e de infertilidade do rebanho. Normalmente os abortos provocados pela brucelose ocorrem entre o quarto e sétimo mês de gestação.

O contágio é feito, normalmente, devido à introdução de animais infectados no rebanho. A bactéria é transmitida de animal para animal através de restos de parto, leite contaminado, fezes, sêmen e urina dos animais doentes. Os seres humanos também podem contrair essa doença. Este contágio corre, normalmente, devido a ingestão de leite cru e carne contaminada. Outro grande foco de contágio é o contato com a vacina dada aos animais. Desta forma o manuseio desta vacina, que é feita com bactérias vivas, deve ser realizado apenas por médicos veterinários.

A vacinação do rebanho é a alternativa mais eficiente para mantermos um rebanho livre da brucelose é evitar os prejuízos que esta doença poderia vir a causar. Quando um animal está infectado, os principais sintomas apresentados são dores musculares, febre, inflamação nos testículos e, como já mencionamos, abortos. Normalmente o que faz com que um  criador suspende que haja um foco de brucelose em seu rebanho é a concentração de abortos no período já mencionado, ou seja, quando ocorrem muitos abortos e todos entre o quinto e sétimo mês de gestação.

A preocupação com essa doença é cada vez maior em todo o Brasil, pois a profissionalização e modernização de toda a pecuária brasileira se baseia no constante aumento da quantidade e da produtividade dos rebanhos. Para isso, manter a saúde dos rebanhos é imprescindível, principalmente para que o produto da pecuária nacional seja cada vez mais aceito no mercado internacional.

A vacinação contra a brucelose deve ser aplicada em dose única, em novilhas e fêmeas bubalinas que tenham entre três e oito meses de idade. Após a vacinação, estes animais deverão ser marcados, para que não haja a possibilidade de receberem outra vacina. Como já mencionamos, devido ao perigo que esta vacina pode representar para os aplicadores, apenas médicos veterinários deverão efetuar esta operação e, depois emitir o atestado de vacinação.

Como a prática de vacinação contra a brucelose deve ser repetida anualmente, nos animais que ainda não tiverem recebidos a vacina e que estejam na faixa de idade adequada, o recomendável é que o criador efetue a vacinação sempre no mês de julho.

A marcação dos animais,. após a vacinação, é uma prática que alguns criadores não gostam, por alegarem que o couro é danificado além de  causar estresse. De qualquer forma, este é um tópico polêmico, pois outros criadores afirmam que, com a marcação feita em locais propícios, não há desvalorização do couro e que esta operação não causaria estresse nos animais.

É causada por bactéria do gênero Brucella, sendo a mais comum nos bovinos a Brucella abortus;

O animal contaminado pode eliminar o germe por 4 vias:

01 - Descargas genitais de vacas infectadas, incluindo o feto abortado;

02 - Sêmen de touros infectados;

03 - Fezes de bezerros (as) infectados (filhos de vacas infectadas) ou que bebem leite contaminado;

04 - O leite contaminado é (oriundo de vacas contaminadas).

A contaminação natural pode se dar das seguintes maneiras:

01 - Pelo tubo digestivo - ao ingerir alimentos ou águas contaminadas;

02 - Pela pele - através e ferimentos na pele de animais ou de homem em contato com materiais infectados;

03 - Pela conjuntiva - através de contato com animais contaminados ou soluções contaminadas - via ocular;

04 - Pelos tetos - através da via hematógena e via galactófora (tetos com ferimentos e pelo canal galactóforo);

05 - Pela cópula - através de um touro contaminado ou uma vaca contaminada;

06 - Pela inseminação artificial - através de sêmen contaminados.

Sintomas

Nos Animais 

O principal sintoma nos animais é o aborto que ocorre, naturalmente, entre o (6º) sexto e o (8º) oitavo mês de gestação (bovinos), principalmente na gestação logo após a contaminação. Pode ocorrer outra gestação seguida de aborto, normalmente após o segundo aborto os animais contaminados (fêmeas) tornam-se resistentes, não mais abortando. Porém, ficam como portadoras, infectando outros animais.

No macho, o principal sintoma é a orquite (inflamação dos testículos), o que leva a uma infertilidade.

No homem

A Brucelose pode provocar, no homem, febre do tipo remitente, suores noturnos, dores articulares e abdominais, mialgias e, em sua forma crônica, insônia, irritabilidade, sintomas subjetivos, grande astenia, etc.

Prevenção

A prevenção da Brucelose é realizada através de vacinação das fêmeas entre (03) três e (08) oito meses de idade, com vacina contendo amostra da CEPA-B19, por via subcutânea. O macho não é vacinado.

A vacina deve ser manuseada com cuidado, pois pode causar contaminação do homem através de acidentes vacinais.