Cálcio e Fósforo na Alimentação dos Animais
Entre os minerais necessários aos animais, podemos destacar o cálcio e o fósforo. Nas forragens grosseiras é mais comum faltar o fósforo, pois o cálcio geralmente existe em quantidade mais ou menos suficiente. Quando as forragens procedem de solos pobres em cálcio, terão baixo teor desse mineral.
O cálcio e o fósforo tem grande importância no metabolismo animal, pois representam 3/4 partes dos tecidos animais e 90% da substância mineral dos ossos. Desempenham importante papel na elaboração dos produtos animais pois, por exemplo, uma vaca que produza 5 litros de leite diariamente elimina através desse leite 360 gramas de cálcio. Através desse dado, verifica-se que, se o animal elimina diariamente essa quantidade, necessita recebe-la, ou a retirará de seu organismo, enfraquecendo-se e ficando mais sujeito a doenças.
Nem todos os animais necessitam da mesma quantidade de cálcio e fósforo. Os animais em crescimento, fêmeas em gestação ou lactação necessitam desses elementos em maior quantidade, pois precisam suprir as necessidades de seu organismo e ainda armazenar maior quantidade desses minerais para aumentar o volume de seu corpo, do feto, ou para cobrir a quantidade eliminada pelo leite.
Animais adultos e fêmeas que não estejam em lactação ou gestação necessitam de quantidade menores, suficientes apenas às necessidades de manutenção de seu organismo. Não basta apenas que os animais disponham de cálcio em quantidade suficiente, pois é indispensável que seus alimentos contenham vitamina D ou que recebam luz solar, afim de que em seu organismo haja a formação desta vitamina, sem a qual o cálcio não será fixado.
Não só a falta de cálcio e fósforo poderá acarretar distúrbios: é preciso que haja um equilíbrio entre eles pois, do contrário, as mesmas conseqüências aparecerão, como na falta de 1 ou 2 elementos. Como conseqüência da falta de cálcio e fósforo ou do desequilíbrio entre eles, temos o raquitismo, doença que aparece nos animais novos, que passam a apresentar os ossos fracos, porosos, articulações sensíveis, às vezes inchadas, pernas às vezes curvadas e o animal procura engolir tudo que encontra (paus, pedras, panos, etc.), na ânsia de encontrar estes elementos de que carece. Este comportamento, além de provocar ferimentos e engasgos, facilita a entrada de doenças e parasitas.
Se a doença ainda estiver no início, o animal poderá se restabelecer pela administração de cálcio, fósforo e vitamina D. No animal adulto, se seus alimentos não contiverem estes minerais em quantidades suficientes, o cálcio e o fósforo serão retirados dos ossos do próprio animal que, com isso, vão ficado deformados, porosos e se fraturam com facilidade: é a osteoporose dos eqüídeos e a osteomalácia dos bovinos.
Vacas leiteiras que não dispõem desses dois minerais tema produção reduzida. As vacas em gestação podem ter as crias fracas ou mortas, além das conseqüências acima descritas. Sendo estas doenças e problemas, conseqüência da falta de cálcio e fósforo, do desequilíbrio entre eles ou da falta de vitamina D, para evita-las basta que se administre aos animais estes elementos em quantidades suficientes e nas devidas proporções.
O cálcio e o fósforo são dados aos animais diretamente, quando lhes administramos compostos desses minerais na ração ou indiretamente, quando fazemos a calagem ou fosfatagem dos solos pobres desses elementos, o que fará aumentar o teor desses. Temos que verificar se há falta de um desses minerais ou há o desequilíbrio de proporções, que deve ser de 1 parte de cálcio por 1 de fósforo ou, ainda, 2 partes de cálcio para uma parte de fósforo.